As árvores do Mato Grosso do Sul dão uma fruta esquisita
Sangue nas folhas e sangue nas raízes
Corpos indígenas balançando na brisa meridional
Frutas esquisitas que pendem dos tamboris
Cena pastoril do vigoroso Mato Grosso do Sul
Os olhos inchados e a boca torcida
Doce e fresco perfume de alecrim
Depois o cheiro repentino de carne curtida
Aqui está a fruta para os urubus arrancarem
Para a chuva recolher, para o vento sorver
Para o sol apodrecer, para as árvores deixarem cair
Eis a estranha e amarga colheita
[*Tradução livre e adaptada de ‘Strange Fruit’, estimulada pela imagem e pelo texto de Tania Pacheco. Qualquer semelhança não é mera coincidência.]
De fato, assistimos (essa parece ser a palavra mais adequada) a um genocídio real nas terras de Mato Grosso do Sul, um Estado que age abertamente de forma preconceituosa para com o indígena. Sou paulista, do interior e radicado em Três Lagoas nos últimos 5 anos. É enojante como a população do MS, de forma quase generalizada, enxerga o índio.
Aos poucos… Se você olhar o final da tarde, temos a emocionante interpretação de Billie, inclusive com direito à letra, no original e traduzida… Só que é impossível gostar de fato de qualquer das três postagens: a original, sobre o menino: esta versão do Henyo; e, finalmente, a interpretação da Billie. Que humanidade é esta???
Ficou bonito. Faltou apenas citar os créditos: Srange Fruit é uma composição de Lewis Allen, imortalizada por uma pungente interpretação de Billie Holiday.
não é mesmo…