EFE, La Paz (Bolívia)
O ex-general boliviano Gary Prado Salmón, que em 1967 capturou o guerrilheiro Ernesto Che Guevara, aceitou nesta segunda-feira (19) submeter-se ao julgamento que envolve dezenas de pessoas por um suposto complô destinado a assassinar o presidente Evo Morales em 2009.
Prado Salmón, que está paraplégico, se apresentou nesta segunda-feira, em uma cadeira de rodas, no reinício desse processo na cidade de Santa Cruz, mas rejeitou todas as denúncias contra si, informou à Agência Efe o seu filho, o advogado Gary Prado Arauz.
A apresentação do ex-general foi a novidade do dia nesse mega-julgamento, no qual são acusadas 39 pessoas.
O julgamento já teve várias audiências nas cidades de Cochabamba, La Paz, Tarija e em uma localidade na fronteira com a Argentina, situadas em altitudes que impediam Prado Salmón de apresentar-se, explicou o seu filho. Como o processo agora acontece na cidade onde ele vive, o ex-general mudou sua postura.
Prado Salmõn foi acusado de colaborar com o húngaro-croata-boliviano Eduardo Rózsa, suposto líder de um grupo que tentou assassinar Morales em 2009 e apoiar um movimento separatista no departamento de Santa Cruz.
O ex-general assinalou em sua defesa que teve contato com Rosza só porque ele se apresentou como jornalista e o entrevistou sobre a captura de Che Guevara, realizada em 1967.
Rosza e seus supostos cúmplices, o romeno Magyarosi Arpak e o irlandês Dwayer Michael Martin, morreram em uma operação policial ocorrida em 16 de abril de 2009 na cidade de Santa Cruz.
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Compartilhada por Vanessa Rodrigues.
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