Yoane Sanches x Julian Assange, ou a pulga contra o titã: uma comparação necessária

Por Fabio de Oliveira Ribeiro

Yoane Sanches se destacou fazendo criticas ao regime cubano. Ela circula pelo mundo livre, leve e solta espalhando sua mensagem que tem um certo cheiro mofado de “Guerra Fria”. Ao que se sabe, a cubana tem ganho um bom dinheiro para ajudar os EUA a criminalizar o regime de Cuba.

Julian Assange é o campeão da liberdade de imprensa. Comandando seu Wikileaks ele divulgou mais segredos e podres dos EUA e seus aliados do que qualquer outro jornalistas. Em razão de sua atuação, Assange foi boicotado pelas empresas que usava para receber doações. Ele esta preso na embaixada peruana em Londres; se puser o pé nos EUA será preso, torturado e, muito provavelmente, condenado à morte.

Há diversas entrevistas de Julian Assange circulando pela internet. Algumas redes de TV européias já fizeram programas especiais sobre o Wikileaks que podem ser vistos até no YouTube. Quanto deste material foi veiculado pelas TVs abertas brasileiras? NADA. 

A chegada de Yoane Sanchez no Brasil provocou um furacão midiático. A dissidente cubana está em todos os canais de TV. De manhã, de tarde e de noite só se fala dela nos telejornais.

Porque os jornalistas brasileiros gostam mais da Yoane Sanchez (inimiga de Fidel Castro) do que de Julian Assange (amigo da liberdade de imprensa que expõe segredos sujos dos EUA)?

Nenhum jornal ou telejornal ousou comparar a trajetória de ambos durante esta semana. A razão disto me parece evidente. Não dá mesmo para comparar a vida boa e farta de Yoane Sanchez com a vida dura imposta a Assange. Os EUA distribuem afagos e correntes segundo seus próprios interesses. Todavia, estamos no Brasil e aqui os nossos interesses é que deveriam prevalecer.

Felizmente a mídia já não é mais capaz de moldar nossas consciências. Podemos lembrar aquilo que os jornalistas desejam nos fazer esquecer. As comparações que eles não fazem, nós mesmos podemos fazer. A ideologia pró-gringa de Yoane Sanchez e da imprensa que a adula nunca mais vai encontrar facilidade para ficar raízes profundas entre os brasileiros.

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