OMS registra avanço sem precedentes no combate a doenças tropicais desatendidas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou progresso sem precedentes contra 17 doenças tropicais desatendidas. O relatório Manter o impulso para superar o impacto global das Doenças Tropicais Desatendidas, lançado nesta quarta-feira (16), revela que o mundo está mais perto da eliminação de muitas destas doenças que estão mais presentes entre os pobres.

A publicação planeja progressos no controle, eliminação e erradicação dessas enfermidades; identifica a quimioterapia preventiva como essencial para o combate a essas enfermidades, o que envolve doses únicas seguras de medicamentos de qualidade contra o tracoma e cinco doenças causadas por parasitas intestinais.

O estudo chama a atenção para as altas taxas de raiva na Amazônia e os casos de tracoma, doença de chagas, leishmaniose, neurocisticercose, oncocercose e esquistossomose.

A América registra a manifestação de 12 dessas doenças, muitas causadas por parasitas, vírus ou bactérias. Segundo o relatório, nos 35 países do continente americano, 34 eliminaram a lepra. A transmissão da oncocercose foi interrompida ou eliminada em 11 dos 13 focos da região e a Colômbia está em processo de receber a verificação oficial da eliminação pela OMS.

Metas até 2020

O relatório planeja a erradicação ou controle global, regional ou nacional das 17 doenças até 2015 ou 2020. As metas incluem a erradicação global até 2015 da dracunculíase, que pode produzir um parasita, e a eliminação até 2020 da bouba, doença que que ataca pele, ossos e cartilagens.

A OMS afirma que seus projetos para o tratamento contra esquistossomose vão atingir 235 milhões de pessoas nos próximos cinco anos.

“Com esta nova fase no controle dessas doenças, estamos avançando no sentido de atingir a cobertura de saúde universal, com intervenções essenciais”, disse a Diretora-Geral da OMS, Margaret Chan. Segundo ela, o principal desafio agora é fortalecer os programas nacionais de combate a doenças em países endêmicos e dinamizar as cadeias de fornecimento para que não faltem medicamentos.

Para baixar o relatório em inglês, clique aqui.

http://www.onu.org.br/oms-registra-avanco-sem-precedentes-no-combate-a-doencas-tropicais-desatendidas/

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