Nota Pública da Rede de Defensores Independentes dos Direitos Humanos

A RDIDH – Rede de Defensores Independentes dos Direitos Humanos – torna público sua preocupação com a segurança de seus membros responsáveis por acompanhar denúncias de violações dos Direitos Humanos e corrupção policial de oficiais lotados na UPP de Nova Brasília (Complexo do Alemão). No dia 7 de dezembro, Diretores RDIDH foram acionados por uma denúncia de AUTO DE RESISTÊNCIA – FORJADO – DE UM USUÁRIO DE DROGAS, cometido por Policiais da UPP da Nova Brasília.

No decorrer do acompanhamento, surgiram conexões entre este, e outros crimes, tais como sequestros, extorsões e assassinatos, acompanhados por membros RDIDH anteriormente. Evidências indicam que este não é um caso isolado e está relacionado a um esquema maior envolvendo a corporação.

Dia 9 de dezembro a RDIDH firmou parceria com uma rede canadense de reportagem para produzir uma matéria sobre a última denúncia recebida, com o acordo de não haver divulgação nacional; apenas no exterior. Porém, o acordo não fora cumprido e a matéria foi transmitida pela rede nacional (SBT). A Diretora Marcia Honorato desde então, passou a ser seguida e ameaçada de morte, tendo seu condomínio inclusive, sido “visitado’ por policiais. Posteriormente, oficiais acusados por populares locais de envolvimento no caso, estiveram na sede de outra da Instituição representante da Sociedade civil, a REDE CONTRA VIOLÊNCIA, a procura da referida senhora e de sua equipe.

Marcia Honorato hoje, se encontra escondida novamente com sua família, penalizada com a perda de sua liberdade de ir e vir, apenas por ter cumprido seu dever, enquanto os policiais, continuam trabalhando e trafegando livremente pelo Complexo do Alemão. A RDIDH exige a apuração célere dos fatos, no intuito de preservar a vida e a manutenção das atividades de Diretores RDIDH, tão imprescindíveis em sua existência , à defesa dos Direitos individuais e coletivos, à preservação da ordem, ao monitoramento da lei, e à igualdade num Estado plural e democrático.

Os representantes da Força Militar não podem passar incólumes a transgressão das leis as quais, eles deveriam assegurar o cumprimento. A sociedade não pode aceitar que uma corporação centenária e tão indispensável, não puna exemplarmente os indivíduos que denigrem a Instituição como um todo, tamanha gravidade de suas condutas.

NOTA PÚBLICA – Rede de Defensores Independentes dos Direitos Humanos

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