PR: PM afasta policiais suspeitos de racismo contra advogada

Clique no título e veja: PR – Discriminação, covardia e truculência policial: racismo!

O Comando da Polícia Militar (PM) do Paraná afastou das ruas, nesta quinta-feira, dois dos policiais envolvidos em uma ação no Bairro Alto, na capital, no sábado passado. Eles deixaram de realizar patrulhamento nas ruas e passaram a executar trabalhos administrativos. Os PMs foram acusados de abuso de autoridade, tortura e racismo por moradores. No sábado, após uma abordagem, eles teria invadido uma casa sem autorização e xingado uma advogada negra, além de supostamente agredir detidos que foram levados para um posto policial no centro.

A assessoria da PM paranaense não divulgou os nomes dos dois policiais afastados. A corregedoria instaurou um processo para investigar o caso e apurar as responsabilidades. A investigação pode durar até dois meses. Após a ação no Bairro Alto ter se tornado pública através de um vídeo divulgado na internet pela Associação Brasileira de Advogados Criminalistas (AbraCrim), a PM informou, em nota, que os agentes foram hostilizados por cerca de 50 pessoas. No comunicado, a corporação disse que foram registradas agressões (um policial militar teria sido atingido por um soco) e desacato verbal.

A advogada Andréia Cândido Vitor, moradora do bairro onde tudo aconteceu, afirmou que foi agredida, chamada de “vadia” e “vagabunda” e teve sua profissão colocada em dúvida pelos policiais em virtude da cor da pele. Os PMs tentaram interceptar um motociclista que estava sem capacete, mas ele fugiu para dentro de uma residência. Sem mandado, os policiais invadiram a casa. Andréia alega que interpelou o tenente que comandava a operação e acabou sendo detida por desacato.

Andréia contou que, ao se identificar como advogada e informar que estaria acompanhando a operação, o tenente teria ligado uma câmera de vídeo e perguntado onde estavam os documentos. Ela disse ter informado que os documentos estavam em sua residência, próxima do local. Mesmo assim, disse ter citado o seu nome e o número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com o tenente gravando. Após perguntar se o policial queria mais alguma identificação, a advogada disse ter recebido voz de prisão. “Você está presa sua advogada… você é advogada, é? Então você está presa, sua vadia”, teria afirmado o policial militar.

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