Uma nota: O Terra errou, e nós não percebemos isso ao postar a notícia. A Aldeia Arroio-Korá, em Paranhos, fica no Mato Grosso do Sul, e lamentavelmente falamos nela quase todos os dias, por conta do que vem acontecendo com os Kaiowá-Guarani. Pedimos desculpas por não ter corrigido isso antes. TP.
O governo federal autorizou a manutenção da Força Nacional de Segurança Pública nos Estados do Pará, de Mato Grosso [do Sul] e da Bahia. A Portaria 1.884, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira e assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, estabelece 60 dias para a permanência das tropas, prorrogáveis por mais 60. O objetivo é que a Força Nacional garanta a segurança devido a conflitos indígenas nos três Estados.
No Pará, os conflitos são registrados entre indígenas e não indígenas, principalmente da etnia Xikrin do Catete, vizinhos da mineradora Vale. Os Xikrin do Catete reclamam que tiveram suas terras invadidas em meados de 1980 por madeireiros. A exploração de madeira está cada vez mais próxima da aldeia.
Na Bahia, há uma série de conflitos e um dos que mais preocupa é o da Reserva Indígena Caramuru/Catarina/Paraguaçu, no sul do Estado, que abriga 54 mil hectares da etnia Pataxó Hã Hã Hãe. O caso já foi analisado pelo Supremo Tribunal Federal.
No sul de Mato Grosso [do Sul] , indígenas da aldeia Arroio-Corá, em Paranhos, vivem em conflito com os fazendeiros da região. O Ministério Público Federal e a Fundação Nacional do Índio tentam solucionar o impasse.
O Distrito Federal é a próxima unidade da Federação a receber tropas da Força Nacional. A razão é a garantia de segurança. A previsão é que a tropa seja enviada na próxima semana, mantendo 20 homens por dia. Pelo menos 133 agentes da Força Nacional vão atuar na divisa do DF com Goiás – 53 já haviam sido cedidos pelo próprio Distrito Federal ao Ministério da Justiça.
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