Entre os dias 29 e 30 de maio, cerca de 3 mil camponeses e camponesas de vários municípios do estado, organizados pelo Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), estarão mobilizados para reivindicar políticas públicas para o fortalecimento do campesinato, produção de alimentos saudáveis e denunciar o modelo de agricultura do agronegócio.
Entre as principais reivindicações, estão: reabertura das escolas estaduais e municipais nas comunidades camponesas; criação de programa de terreiros de estufa para as famílias camponesas; financiamento de atividades e desenvolvimento de tanques redes para aquicultura; manutenção do programa de relógios de dupla tarifação (linha verde); crédito subsidiado para pequenas agroindústrias, máquinas e veículos de cargas.
Em relação às questões ambientais, os camponeses e camponesas reivindicam uma doação, imediata, de 100 mil mudas de espécies nativas e frutíferas para reflorestamento; e pagamento por serviços ambientais no valor de um salário mínimo por família/propriedade para quem estiver preservando os 20% de Reserva Legal ou APP. Eles ainda cobram que a legislação sanitária seja compatível com a realidade dos pequenos agricultores.
Outro ponto é a cobrança pela mudança jurídica da área do Monumento Natural dos Pontões Capixaba localizado em Pancas e Águia Branca para Áreas de Preservação Ambiental (APA). Segundo o MPA, esse monumento foi criado sem o consentimento das famílias da região.
O MPA também se coloca contrário a exigência da outorga d’água como está sendo feita pelo estado, pois para o movimento ela não resolve o problema da falta de água, uma vez que os pequenos agricultores e produtores de alimentos, não se enquadrem nessa medida.
Além das mobilizações e panfletagens, foi agendada uma audiência pública com o governador do estado, para resolução das reivindicações do movimento. As ações fazem parte das mobilizações da Jornada Nacional de Luta Camponesa que reúne camponeses de 17 estados do país pela defesa da agricultura camponesa e do direito de viver no campo com condições dignas.
Por Comunicação MPA-ES
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Enviada por Leila Santana.