Em decisão inédita do Ministério Público Federal, entidades afro-brasileiras foram autorizadas a produzir um vídeo de direito de resposta coletivo a uma reportagem da TV Record. O programa foi gravado e tornou-se público no final de 2011, mas não pode ser exibido pois a emissora recorreu da ação e conseguiu impedimento momentâneo.
Conforme informa o vídeo, o programa é um “direito de resposta concedido pela Justiça Federal ao Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), ao Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira (INTECAB) e ao Ministério Público Federal, autores da ação contra o enfoque negativo e discriminatório das religiões afro-brasileiras”.
A gravação conta com a participação de representantes de entidades ligadas às religiões afro-brasileiras e profissionais de comunicação, entre eles Iran Castelo Branco, do movimento Mídia Pela Paz, Gabriel Priolli, jornalista e produtor independente, e Laurindo Leal Filho, professor da ECA-USP.
Daniel Teixeira, coordenador do CEERT, ressalta que o caso ainda está em juízo, logo são poucas as informações que podem ser dadas a respeito. Contatada, a Record ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Protestos na internet
No final de dezembro, a Record também virou alvo de protestos de grupos católicos que acusaram a emissora de perseguição. Ativistas, indignados com reportagens exibidas nos jornalísticos da casa, consideraram que a emissora de Edir Macedo realiza “ataques ao catolicismo”.
Um dos movimentos se intitulou de “Brasil Sem TV Record” e convocava os internautas, via redes sociais, a boicotarem a Record no dia 16 de dezembro, evento que, segundo a emissora, “não teve êxito”. Outro grupo criou a hashtag #jornalismodeterceira e pediu para que os católicos não assistam mais à Record.
http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/12633-religioes-afro-brasileiras-produzem-direito-de-resposta-coletivo-contra-tv-record
Paz e bem!
Muito bom o vídeo, já o divulguei para amigos e movimentos! Agora pretendo apresentá-lo em minha comunidade para estudarmos.
Abraços fraternos,
Rosângela