Após indígena realizar cirurgia só depois de ritual, lei que garante culto é sancionada em MS

Família, da etnia Guarani-Nhandevá, só autorizou início do tratamento depois de ritual de cura indígena no HR

Caso aconteceu em agosto deste ano quando família exigiu ritual de pajé antes da amputação

Depois dos familiares da indígena Thiely permitirem cirurgia de amputação de uma das pernas só depois do ritual indígena no último dia 24 de agosto, o governador André Puccinelli sancionou a lei nº 4.159 que garante assistência religiosa aos índios em hospitais de Mato Grosso do Sul. A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (28).

De acordo com a lei, os índios, das diversas etnias do Estado, ficam assegurados do direito à assistência religiosa prestada por seus líderes espirituais, durante o período de tratamento da saúde em ambiente hospitalar.

A direção das instituições será responsável pela orientação e pela organização das visitas de assistência espiritual de modo a não prejudicar o tratamento e nem a rotina dos demais pacientes.

Início da discussão

A índia Thiely, de 8 anos, teve uma das pernas amputadas depois que foi detectado caso de câncer ósseo. O caso teve grande repercussão porque a família, da etnia Guarani-Nhandevá, só autorizou o início do tratamento depois que um ritual de cura indígena foi feito dentro do Hospital Regional (HR).

A cirurgia durou pouco mais de três horas. No último mês de julho, a família da índia – da aldeia Porto Lindo, em Japorã -, chegou a dizer que a menina só faria o tratamento se os pajés fizessem um ritual de cura dentro do hospital.

A pajelança foi autorizada e os médicos começaram o tratamento. Na época, a equipe já sabia que a amputação da perna seria inevitável.

http://www.msrecord.com.br/noticia/ver/66599/apos-indigena-realizar-cirurgia-so-depois-de-ritual-lei-que-garante-culto-e-sancionada-em-ms

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