Militante de extrema-direita mata imigrantes africanos em Florença

Florença (RV) – A cidade do Renascimento ficou marcada pelo sangue de imigrantes senegaleses, assassinados por Luca Casseri, um militante de extrema-direita que, antes de atentar contra a própria vida, deixou ainda três feridos. O crime aconteceu na terça-feira e hoje a cidade toscana amanheceu de luto.

O Arcebispo da cidade, Dom Giuseppe Betori falou em uma “profunda dor e reprovou severamente os assassinatos”.

“A nossa posição é, antes de tudo, estar perto aos que estão sofrendo. Isso nos ensina Jesus. A comunidade senegalesa de Florença está profundamente ferida diante desta grande tragédia. Ela, que sempre viveu pacificamente em nossa cidade, onde foi bem acolhida”, recorda Dom Betori.

Na tarde desta quarta-feira, o Ministro para a Cooperação Internacional e Integração, Andrea Riccardi, participará junto com o prefeito de Florença de um encontro com a comunidade senegalesa. Para sábado está marcada uma manifestação em memória das vítimas e em solidariedade aos feridos.

O diretor da Rádio Firenze, Enrico Viviano, nega que Florença seja uma cidade racista.

“A cidade apresenta todas as dinâmicas multiculturais típicas das cidades internacionais. É uma cidade que fez do diálogo um ponto de referência em todo o mundo. Certamente, Florença não está à margem do contexto internacional e tampouco no que diz respeito à queda de certos valores. Precisamos entender se este ato foi simplesmente a ponta de um iceberg de um racismo latente ou se foi um gesto isolado de um louco”, pondera Viviano. (RB)

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=546345

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.