
Chevron afirma que empresa contratada possui licença de operação pelo INEA
iG São Paulo
O óleo que vazou da plataforma na Bacia de Campos já chegou ao Rio de Janeiro. Ironicamente, não foi por causa de correntes marítimas, mas por causa do um transbordamento. A água com óleo retirada do mar e tratada na empresa Contecon, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, escoou para os bueiros da cidade e foi parar nas galerias pluviais.
“Isso mostra o total despreparo da empresa não só em perfuração, mas também em manejo dos resíduos”, disse ao iG o deputado federal Protógenes Queiroz, relator Comissão Externa da Câmara dos Deputados que acompanha as ações para acabar com o vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos. “Isto virou um caso de saúde pública”, disse.
O deputado afirma que a empresa Contecom foi contratada pela Chevron para fazer processamento da água poluída pelo vazamento no Campo Frade, divulgado no dia 8 de novembro.
“A Polícia Federal e o Inea verificaram que a empresa estava fazendo o serviço de forma irregular. Não havia espaço para armazenamento na piscina e escoou pelas galerias pluviais de Caxias”, disse. O deputado afirma que o caso só demonstra a falta de um plano nacional de contingenciamento
Em nota, a Chevron afirmou que a Contecom foi contratada. “A Contecom é uma empresa independente sub-contratada pela Brasco, com aprovação da Chevron, para disposição final de resíduos, a qual possui licença de operação pelo INEA (Instituto Estadual do Ambiente)”.
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados é formada pelos deputados Doutor Aluízio (PV-RJ), Delegado Protógenes (PCdoB-SP), Paulo Feijó (PP-RJ) e Alessandro Molon (PT-RJ) . Ontem os deputados se reuniuram com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e com a Polícia Federal (PF). A comissão quer averiguar os danos ambientais e à saúde provocados pelo acidente.
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