Indígenas vão monitorar território de aldeias em RO

O risco de invasões e crimes de grilagem em terras públicas ameaçam o meio ambiente e causam conflitos entre ribeirinhos e comunidades tradicionais da Amazônia. Em Rondônia, 18 índios da etnia Karitiana e seis do grupo Karipuna serão capacitados para monitorar o território das aldeias no Estado. Eles serão contratados pela Fundação Nacional do Índio (Funai) para trabalhar na vigilância das terras, na área da usina hidrelétrica de Santo Antônio, por um ano.

As aulas sobre elaboração de áreas de risco, ameaças e oportunidades de tribos indígenas, noções de direito ambiental, cartografia, crimes ambientais, prevenção de incêndios e outros temas relacionados à vigilância e monitoramento territorial em tribos indígenas, são oferecidos pela Funai. Ao final da capacitação, no próximo dia 12, um convênio entre o órgão e a Santo Antônio Energia vai resultar na contratação dos indígenas para realizarem a vigilância de suas terras.

A ação faz parte do Programa Emergencial de Proteção dos Povos, Referências e Terras Indígenas sob influência da hidrelétrica de Santo Antônio. Previsto no Projeto Básico Ambiental da empresa, o programa tem a finalidade de assistir os povos indígenas Karitiana e Karipuna que habitam terras na área da usina. Além dos cursos, a companhia trabalha na construção de escolas e melhoria da infraestrutura das aldeias.

Geração de Energia

A usina Hidrelétrica Santo Antônio, liderada pelas empreiteiras Odebrecht, Furnas Centrais Elétricas, Andrade Gutierrez, Cemig e Fundo de Investimentos e Participações da Amazônia Energia (FIP), iniciou no mês de outubro, a construção da primeira das 44 turbinas Bulbo que iniciará o processo de produção de energia até dezembro deste ano. Ao todo, serão gastos R$ 15 bilhões na construção do empreendimento, que atualmente está com 63% da obra pronta.

Na primeira parte do trabalho estão sendo construídas oito turbinas que devem ser entregues em agosto de 2012. Deste total, seis usinas irão produzir energia para Rondônia, Acre e Mato Grosso. As 44 turbinas devem estar prontas em 2015, ano que a usina entra em total funcionamento e terá a capacidade de 3,150,4 MW e geração firme de 2,218 MW. A Santo Antônio vai agregar 4% da geração de energia elétrica do Brasil.

A Usina de Santo Antônio é a terceira maior do Brasil em capacidade física, perde apenas para Itaipu, localizada no rio Paraná, e Tucuruí no rio Tocantins, no Pará. Um total de R$ 150 milhões foram investidos em estudos de engenharia, inventário, viabilidade e impactos para dar início ao projeto. A presidenta Dilma Rousseff  chegou a anunciar investimentos da ordem de R$ 1,3 bilhão em ações ambientais e sociais relacionadas à obra.

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