Questão da terra é a mais difícil enfrentada pelos quilombolas, diz ministra

Agência Senado

A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), afirmou que a questão da terra para as comunidades quilombolas “é a mais difícil” enfrentada por essa população.

– Trabalhamos contra todos os paradigmas e toda a legislação do país – afirmou ela, durante audiência pública que acontece neste momento no Senado.

A regularização fundiária dessas terras é uma das principais demandas dos quilombolas, que participam nesta semana do lançamento da Campanha em Defesa dos Direitos do Povo Quilombola (que inclui uma marcha na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na tarde de hoje).

Ao apontar as dificuldades para a titulação dessas terras, Ivo Fonseca, representante da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq, entidade que promove a campanha), lembrou o assassinato, no ano passado, do líder quilombola do Maranhão, Flaviano Pinto Neto, supostamente por fazendeiros da região.

Durante a audiência, diversos quilombolas fizeram uma manifestação, cantando músicas típicas de suas comunidades.  Eles chegaram a interromper a reunião, protestando contra a falta de espaço para todos e solicitando que também pudessem se manifestar.  Os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF) e Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), informaram que mais duas salas estavam disponíveis (com telões que transmitem a audiência) e que os representantes dos quilombolas teriam a oportunidade de se expressar – neste momento, são eles que estão falando.

A audiência está sendo realizada na sala 2 da Ala Nilo Coelho.

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