Enfrentando protestos há cerca de cinco meses, o governo do Chile advertiu ontem (18) que reprimirá de forma dura as próximas manifestações. Autoridades informaram que vão apelar para o uso da Lei de Segurança do Estado, que pune aqueles que ameaçam instituições públicas e pode levar à prisão. A reportagem é de Renata Giraldi e publicada pela Agência Brasil, 19-10-2011.
Apesar da advertência, estão programadas para hoje (19) várias manifestações em todo o país. Os protestos, em geral, são liderados por estudantes, que reivindicam reformas na educação. Mas as manifestações ganharam o apoio dos professores e dos reitores das universidades, além de outras categorias profissionais.
Ontem, as principais ruas de Santiago, a capital chilena, foram tomadas por barricadas e um ônibus foi queimado em uma das avenidas da cidade. Policiais usaram gás lacrimogêneo e jatos de água para conter os manifestantes. Os estudantes reagiram, atirando coquetéis molotov contra a polícia.
O ministro do Interior, Rodrigo Hinzpeter, disse que a Lei de Segurança do Estado será utilizada para impor penas mais duras aos manifestantes que atearam fogo a ônibus. Um grupo usou máscaras para cobrir o rosto.
Nos últimos meses, o governo do presidente Sebastián Piñera apresentou propostas de reforma da educação. As sugestões foram rechaçadas pelos estudantes e professores. A principal reivindicação é a gratuidade do ensino superior no país – atualmente, as universidades chilenas são todas privadas.
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