Na Inglaterra, eletricitários se manifestam: ‘Eles ocuparam Wall Street, nós Oxford Street’

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Socialist Worker – [Simon Basketter, Tradução de Diário Liberdade] Eletricitários bloquearam a Oxford Street, a rua de comércio mais ativa de Londres, por cerca de uma hora na manhã desta quarta-feira. Centenas de trabalhadores marcharam, bloquearam locais de construção e mantiveram a marcha por cerca de uma hora. Eletricitários de toda cidade, incluindo da região de Oxford Street, tomaram parte na manifestação.

Os trabalhadores estão em campanha para fazer os patrões pararem de rasgar seu acordo coletivo nacional e cortes salariais de mais de 35%.

Em Liverpool os trabalhadores protestaram nos arredores da Liverpool Central Library. E na Escócia protestaram no Balfour Beatty, em Cambuslang, Lanarkshire.

Em Londres, um eletricitário anunciou sob aplausos para os companheiros, “Em Nova Iorque eles ocuparam Wall Street. Nós ocupamos Oxford Street. Os trabalhadores unidos jamais serão vencidos.”

Os eletricitários se reuniram do lado de fora do shopping Park House. Apesar de uma presença maciça de policiais, eles bloquearam a entrada do shopping e a rua.

Scotland Yard chamou o sindicato para cancelar o protesto. O sindicato se recusou.

A polícia foi de certa forma obrigada a abrir a rua, então os trabalhadores votaram por uma marcha na no na estação em construção de Bond Street.

Pelo som das palavras de ordem, baterias e música, o bom clima predominou no protesto que atravessou a Oxford Street.

Entre os cantos de “Estas ruas, nossas ruas”, um trabalhador disse: “Nós conseguimos fazer uma empresa voltar atrás, precisamos fazer as demais voltarem atrás também”.

Novamente a polícia fez um esforço concentrado para tirar os trabalhadores da rua.

Novamente falharam. Enquanto um eletricitário chamava pelo acirramento da disputa, a polícia avançou.

Os trabalhadores retiveram a polícia – então correram novamente para Oxford Street para bloquear a entrada do shopping Park House.

Os trabalhadores fizeram cópias do novo contrato de T Clarke, uma das sete empresas no coração da disputa.

Um deles disse ao Socialist Worker, “Eles querem trazer um novo tipo de trabalhadores, que receberão menos e terão menos direitos que um eletricitário. Isto é uma flagrante tentativa de desqualificar a indústria e destruir nossas condições.”

Eles então marcharam para outra entrada e demandaram que o líder oficial sindical tivesse acesso ao sítio para se dirigir aos trabalhadores. Os patrões relutantemente atenderam esta demanda.

Um sindicato de trabalhadores de serviços civis, PCS, chamou para que “os trabalhadores públicos e privados se unirem” e para os trabalhadores da construção se unirem às greves no dia 30 de novembro. Os eletricitários os aplaudiram. Houveram aplausos quando anunciaram que os trabalhadores da saúde do Norte da Irlanda estavam em greve.

Líderes sindicais disseram sobre sua determinação em manter a campanha. Mas um número de eletricitários quis saber por que não havia uma data definida para uma paralisação nacional.

Um trabalhador disse ao Socialist Worker, “Não dá. Não podemos apenas protestar. Precisamos de fechar os locais de trabalho. O sindicato precisa se mexer.”

Outro disse: “Se é ilegal ou legal, cédula ou não, nós precisamos de marchar nos locais de trabalho para impedir os patrões.”

Há chamados para os manifestantes se engajarem em piquetes e “pararem de ir ao trabalho e convencer os trabalhadores a ficarem fora dos locais de trabalho”.

A pressão está aumentando nos empregadores. Eles estão começando a perder contratos por causa da disputa.

Cada eletricitário mostrou um nível magnífico de militância. Há uma pressão crescente na greve pela vitória.

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