Agronegócio do eucalipto poderá matar famílias no Maranhão

Aldir Dantas

A Fetaema e a Contag realizaram reunião com mais de 50 assalariados e assalariadas  e dirigentes sindicais para conhecer e avaliar a realidade das denúncias de trabalhadores e trabalhadoras rurais que prestam serviços ao agronegócio na produção de celulose no Maranhão. Para Chico Miguel, Secretário de Assalariados Rurais, a problemática é séria e grave, e já merece um posicionamento determinado da Fetaema.

As principais denúncias residem nos seguintes aspectos: aumento do número de trabalho informal; Desmatamento em larga escala; Estradas danificadas devido ao tráfego de carretas das empresas do agronegócio; Projetos de assentamentos usando terras para plantação de eucalipto; Ausência de equipamentos para trabalhadores; Promessas de emprego não honradas; Intoxicação de empregados e crianças com a elevada utilização de agrotóxicos;  Falta de alimentação e em muitos casos deteriorados servidos a homens  e mulheres assalariadas; Poluição de mananciais de uso doméstico de  comunidades. Devastação da mata nativa (bacuris, pequis, buritis, juçaras,  e outras arvores nativas) para o plantio do eucalipto.

O presidente da Fetaema, Chico Sales qualifica as denúncias como sérias e muito graves e que precisam de providencias imediatas, diante dos riscos a que estão expostos milhares de vida pelo agronegócio do eucalipto, bastante respaldado pelo governo do Estado.

Para o assessor da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – Contag, Carlos Eduardo Chaves, o problema existente no Maranhão precisa ser denunciado nacionalmente e que imediatamente devem se chegar ao conhecimento da Delegacia Regional do Trabalho, dos Ministérios Públicos do Trabalho, Federal e Estadual, da Câmara Federal, Assembléia Legislativa do Estado e que  seja convocada a sociedade civil organizada para enfrentar as práticas criminosas do agronegócio contra pessoas e o meio ambiente. Afinal de contas são milhares de vidas que podem ser exterminadas criminosamente, concluiu o assessor da Contag.

http://territorioslivresdobaixoparnaiba.blogspot.com/2011_09_01_archive.html

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