Embora aprove o programa que pretende realizar testes de HIV, hepatite e sífilis nos índios do Brasil até 2012, o vice-presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Roberto Liebgott, cobra mais investimentos do governo na estrutura do atendimento à saúde indígena.
“O Cimi defende que essas campanhas e outras iniciativas de combate a endemias sejam inseridas numa política mais ampla de atenção à saúde, com estrutura adequada, profissionais qualificados, mais recursos e equipamentos suficientes. Caso contrário, essas ações cairão no vazio”, disse Liebgott à BBC Brasil.
Segundo ele, o atendimento aos indígenas “hoje é falho e eminentemente paliativo”. A informação é do portal do jornal O Estado de S. Paulo, 17-08-2011.
Ele afirma que o Cimi, órgão vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), tem recebido informações de missionários e integrantes do movimento indigenista que a hepatite tem se tornado uma epidemia em áreas indígenas em Rondônia. “Junto com essas informações, eles relatam a ausência do poder público para combater as endemias”, afirma.
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), no entanto, disse por meio de sua assessoria que “todos os casos estão sendo tratados dentro das exigências de assistência”.
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