“Contagem regressiva no Xingu” (Count–Down no Xingu)

Vídeo do cineasta alemão Martin Kessler retrata a luta de povos e comunidades tradicionais contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte

O cineasta alemão Martin Kessler, produtor de diversos vídeos sobre Belo Monte, lançou este mês seu novo trabalho intitulado Count – Down no Xingu (Contagem regressiva no Xingu), onde retrata a luta de povos e comunidades tradicionais da região contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. As imagens desse novo trabalho foram feitas na Amazônia brasileira, na região do rio Xingu, no Pará, nos meses de fevereiro e março deste ano.

O projeto de Belo Monte trará efeitos catastróficos para a população da região e para o pulmão verde do mundo, de acordo com Kessler, que por diversas vezes se reuniu com comunidades indígenas, ribeirinhas e de pescadores, ou esteve presentes nos encontros e mobilizações organizadas por entidades e movimentos sociais que lutam contra o projeto. Count – Down no Xingu fala sobre uma política contra a lei do novo governo brasileiro e a resistência na região do Xingu, afirma o cineasta.

A barragem vai destruir 600 km2 de mata virgem, transformar parte do rio Xingu em um lago podre e morto, bem como expulsar famílias ribeirinhas, indigenas, de pescadores e agricultores que vivem às margens do rio, retirando dele, muitas vezes, sua única fonte de renda, como a pesca e/ou a venda de peixes ornamentais, como o cascudo zebra, que só existe na região.

Durante a produção do vídeo, que integra a série chamada “Um outro mundo é possível – luta pela Amazônia” (2009), Kessler conversou com dom Erwin Kräutler, bispo da Prelazia do Xingu e presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), com Bruno Gütschow, procurador da República, com Sheila Juruna, liderança do povo Arara, e com Antônia Melo, representante do Movimento Xingu Vivo para Sempre.

O filme retrata a estreita relação entre a apregoada necessidade de geração de energia pelo governo brasileiro e o uso direto de grande parte dessa energia gerada pelas empressas mineradoras e as grandes multinacionais. Kessler ainda fala sobre o papel das empresas européias que estão envolvidas na construção de Belo Monte.

Mais informações no site www.neuewut.de ou com o próprio Martin Kessler.

http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=5455&eid=354

 

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