Índios rejeitam carta do governador e mantém bloqueio da BR-163

Os índios Terenas rejeitaram a carta-compromisso encaminhada pelo governador Silval Barbosa, através da Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), para colocar fim ao bloqueio na BR-163, no município de Itauba, no Norte do Estado.  A pista foi fechada pelos índios no final da tarde de quinta-feira por não terem recebido resposta da direção nacional da Funai sobre um pedido de audiência para discutir temas relacionados ao grupo.  O bloqueio causa vários transtornos, com centenas de carretas, caminhões e ônibus parados.

A carta foi entregue aos índios algumas horas depois de retomado o bloqueio da BR.  Nela, Silval se compromete a fazer gestões para garantir a audiência dos índios junto ao presidente da Funai, que, no primeiro momento, rechaçou um encontro com os índios.  Em vão!  Os índios alegam que o compromisso assinado com a direção da Funai e Procuradoria da República suspendendo o bloqueio deu em nada.

O pleito da comunidade indígena é a implantação de um posto da Funai dentro da Terra Indígena Terena na cidade de Peixoto de Azevedo.  A proposta atual da Funai seria a implantação do posto em Guarantã do Norte para atender índios das etnias Terena e Panará.

O bloqueio da BR-163 iniciou na segunda-feira, com liberação da passagem de veículos duas vezes ao dia por uma hora.  Aos poucos os índios foram radicalizando, diante da falta de respostas por parte das autoridades.  Na quarta-feira a noite chegou a ser suspenso, mas eles deram um prazo de 18 horas para que a audiência fosse definida.  Não aconteceu.

A PRF orienta os motoristas para que façam uma rota alternativa passando por uma rodovia estadual a partir de Marcelândia com acesso a Claudia, chegando a Sinop e seguindo viagem pela 163.  O “desvio” aumenta em 220 km o trajeto.

http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=380290

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.