Fiscais investigam trabalho escravo no Centro-Oeste do Estado

Trabalhadores de uma fazenda de Tapira foram encontrados sem energia elétrica, água potável ou mesmo local adequado para dormir

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araxá e Alto Paranaíba, juntamente com o Ministério do Trabalho, a Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público, investigam trabalhadores em condições subumanas na zona rural da região. Na última quarta-feira, 24 trabalhadores de uma fazenda de Tapira, foram encontrados sem energia elétrica, água potável ou mesmo local adequado para dormir.

“Suspeitamos da existência de outros locais onde os proprietários mantêm os trabalhadores nestas condições, mas como as investigações estão em andamento não podemos revelar”, disse o secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araxá e Alto Paranaíba, Joaquim Bertolino Neto.

Segundo ele, pessoas de outras cidades ou mesmo de outros estados são aliciadas para trabalhar na região, recebendo promessas que não são cumpridas e acabam permanecendo nas propriedades, sem condições de voltar para casa. “Esse foi o caso dos 24 trabalhadores que encontramos na fazenda em Tapira. Eles são do Nordeste brasileiro, mas foram contratados em São Paulo. Ainda não sabemos há quanto tempo eles estavam trabalhando na propriedade”, relata o secretário.

Os 24 trabalhadores resgatados foram levados para um hotel, em Araxá, onde receberam acomodações e alimentação. Eles permanecerão no local até que situação trabalhista com o proprietário do terreno seja regularizada. Os fiscais do Ministério do Trabalho ainda apuram o caso, mas se for comprovada a denúncia, o proprietário poderá ser multado e terá que assinar Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

http://www.hojeemdia.com.br/cmlink/hoje-em-dia/minas/fiscais-investigam-trabalho-escravo-no-centro-oeste-do-estado-1.254038

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