Segundo a denúncia, os empregados eram abordados em Varzelândia, no Norte de Minas, e atraídos pela promessa de boas condições de trabalho e remuneração. A pedido do produtor rural Donizete Geraldo Leite, seu empregado Jovino da Cruz, contratava os trabalhadores e os levava em ônibus fretados para uma das fazendas do patrão.
Conforme os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, os trabalhadores estavam alojados em um galpão mal ventilado, com quartos estreitos que eram divididos por homens, mulheres e crianças. O local não possuía água potável e a que era utilizada para consumo e higiene estava contaminada por agrotóxicos. Muitas camas eram improvisadas em tábuas sobre tijolos. Enquanto os pais trabalhavam, cerca de 10 crianças ficavam sozinhas no alojamento.
Segundo o MPF, os suspeitos podem responder por redução à condição análoga à de escravo, aliciamento e falsificação de documento público.
Jornal O TEMPO, 11-12-2010 (Belo Horizonte)
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Enviada por José Carlos.