Trabalho escravo: Vítimas eram atraídas por falsa promessa

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um produtor de café por manter 49 pessoas, inclusive dois adolescentes, em condições degradantes de trabalho em uma fazenda, em São Roque de Minas, no Centro-Oeste do Estado. Um empregado do agricultor também está sendo acusado de aliciar os trabalhadores.

Segundo a denúncia, os empregados eram abordados em Varzelândia, no Norte de Minas, e atraídos pela promessa de boas condições de trabalho e remuneração. A pedido do produtor rural Donizete Geraldo Leite, seu empregado Jovino da Cruz, contratava os trabalhadores e os levava em ônibus fretados para uma das fazendas do patrão.

Conforme os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, os trabalhadores estavam alojados em um galpão mal ventilado, com quartos estreitos que eram divididos por homens, mulheres e crianças. O local não possuía água potável e a que era utilizada para consumo e higiene estava contaminada por agrotóxicos. Muitas camas eram improvisadas em tábuas sobre tijolos. Enquanto os pais trabalhavam, cerca de 10 crianças ficavam sozinhas no alojamento.

Segundo o MPF, os suspeitos podem responder por redução à condição análoga à de escravo, aliciamento e falsificação de documento público.

Jornal O TEMPO, 11-12-2010 (Belo Horizonte)
http://www.otempo.com.br

Enviada por José Carlos.

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