Encontro das Comunidades de Resistência Impactadas da Região Metropolitana do RJ, na UERJ, em 27/04, 9h

Este Encontro é resultado de encontros e de uma necessidade comum. Vimos participando de debates e atos de resistência de e entre comunidades diretamente impactadas pelo projeto dominante de cidade/sociedade global capitalista. E nestes espaços, também nos encontramos com a necessidade de articulação de um rede pela base que possa fortalecer as lutas e a capacidade de ação protagônica destas no cenário da cidade.

E podemos dizer que no próprio processo de reconhecimento e formação deste grupo, vimos observando a ampliação do grau de interação e de reconhecimento mútuo destas comunidades, que também são propulsores do reconhecimento social sobre estas lutas.

Nossas primeiras reuniões ocorreram na Aldeia Maracanã, em março deste ano. E desde então temos nos reunido semanalmente, mesmo após a alienação da posse d’Aldeia. E desde então vimos contribuindo com as resistências de diversas comunidades, que vêm participando, na medida do possível, destas reuniões e convidando outras comunidades de ocupações, aldeia, favelas, de moradia popular, de pescadores, trabalhadores e trabalhadoras, desempregadas, atingidos pela TKCSA, entre outras.

O reconhecimento formal deste grupo, em seu surgimento na Aldeia Maracanã, é demonstrativo de nossa opção por fortalecer as perspectivas territorializadas de resistência, na ação direta. Sem descuidar das relações político-sociais institucionalizadas, mas como independência crítica.

Mas compreendemos, pela base, as dificuldades específicas dos grupos de resistência em estarem presentes, seu ritmo, seus limites e possibilidades: algumas das pessoas que requisitaram a construção deste grupo ainda não tiveram a oportunidade de participar de suas reuniões. Nem temos a pretensão de ser mais uma rede ou articulação, mas ser um espaço de formação e fortalecimento das lutas, construção de possibilidades de interações e de ação em rede, inclusive com/em outros espaços de articulação político-social mais abrangentes.

Sendo um grupo aberto, o acúmulo do processo não poderá ser uma barreira para o acesso dos grupos de resistência, mas um atrativo.

Objetivo

O principal objetivo deste Grupo de Trabalho-GT Rede das Impactadas é fortalecer suas lutas pela possibilidade da ação em rede, de forma articulada, no cenário territorial da cidade. Mas também pelas interações, na perspectiva da auto-defesa e da ação institucional conjunta no cenário jurídico-político.

Neste sentido, até este momento, reconhecemos, nos debates, quatro áreas fundamentais de geração de conhecimento estratégico (para as lutas), mas que estão diretamente co-relacionadas, e que são eixos estruturantes deste 1° Encontro:

1A. Defesa Jurídica nos Sistemas Nacional e Internacional de Justiça em perspectiva insurgente

1B. Defesa da Memória, da Verdade e da Vida;

2. Autonomia material e Auto-defesa territorializada;

3. Ação sistêmica territorializada;

4. Guerrilha Semiológica, Artivismo e Comunicação de Resistência;

Programação:

9h – Recepção e Café-da-Manhã
9h30 – Mística de Reconhecimento das Resistências
10h – Apresentação e Relatos de Resistências

12h – Almoço

13h30-16h – Debates em Grupos de Trabalho Temáticos

16h-18h – Plenária Final

18h – Ato Político Cultural

Enviada por Monica Lima para Combate Racismo Ambiental.

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