Por Redação, com ABr – de Brasília
As autoridades da Venezuela fizeram uma nova inspeção no fim de semana na região onde houve denúncias de massacre contra os indígenas da etnia yanomami, a 20 quilômetros da fronteira com o Brasil. O embaixador da Venezuela no Brasil, Maximilien Sánchez Arveláiz, disse nesta segunda-feira que a última fiscalização confirmou que “não houve agressões” nem ameaças aos indígenas. Na semana passada, o governo da Venezuela havia divulgado a mesma informação.
– Confirmou-se que não ocorreu nada. Acredito que está tudo resolvido e que não tem mais nada a se discutir. É um grande alívio – disse o embaixador, que conversou sobre o assunto com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.
Organizações não governamentais (ONGs) informaram que garimpeiros brasileiros atacaram um grupo de 80 índios yanomami provocando três mortes. Após uma série de investigações sobre a denúncia de massacre, a ministra venezuelana do Poder Popular para os Povos Indígenas, Nicia Maldonado, responsável pela apuração do caso, disse que não havia indícios que confirmassem o episódio.
O crime, segundo denúncias das ONGs, ocorreu no Sul da Venezuela. Há cerca de duas semanas, o embaixador do Brasil na Venezuela, José Antonio Marcondes de Carvalho, encaminhou um pedido formal para que as autoridades verificassem o teor e a veracidade das notícias sobre o assassinato de índios yanomami por garimpeiros brasileiros.
De acordo com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), o massacre ocorreu em julho deste ano, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O Coiam divulgou um documento baseado no relato de três indígenas que dizem ter sobrevivido ao massacre. No relato, segundo a organização, os indígenas contaram que garimpeiros cercaram a casa coletiva, dispararam contra eles e atearam fogo à casa.
Enviada por José Carlos para Combate ao Racismo Ambiental.
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