Um dos docentes teria perdido três dentes e sofrido uma lesão no ouvido
A Corregedoria Geral da Polícia Militar de Mato Grosso abrirá um investigação interna para apurar denúncias contra dois policiais que teriam espancado dois professores universitários argentinos, no último fim de semana, em Cuiabá (MT).
Os professores e irmãos Luiz Augustin Lujan e Ignácio Luiz Marcelo Lujan foram presos em uma casa noturna, no 31 de março, depois de supostamente terem roubado o celular e a máquina fotográfica da bolsa de uma cliente, irmã de um dos policiais envolvidos no caso.
Os PMs não estavam em horário de serviço, confirmou a assessoria de imprensa da PM.
Os professores ficaram detidos no Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé, e foram liberados na noite desta quarta-feira (2), depois da intervenção da Embaixada Argentina no Brasil. O cônsul argentino Gabriel Herrera viajou até Mato Grosso e exigiu agilidade na liberação dos compatriotas.
O representante do governo argentino disse que sua vinda para a Cuiabá aconteceu porque ele não conseguiu manter contatos por telefone com as autoridades de Mato Grosso. Em entrevista, Herrera disse que houve falta de postura ética e despreparo dos órgãos de segurança pública.
– Em qualquer situação que envolva estrangeiros a primeira coisa é comunicar o fato à embaixada do país do envolvido.
A advogada contratada para acompanhar o caso, Beatriz Viana, afirmou, por telefone, que a acusação de roubo é infundada.
– Eles têm uma máquina no valor de R$ 22 mil, a que teria sido roubado custa no máximo R$ 300. Além do mais eles tinham R$ 6,6 mil em dinheiro, possuem cartão de créditos internacional, oito mil euros depositado em uma conta.
Para o representante consular, situações como essas expõem uma completa falta de estrutura para receber turistas principalmente durante o período da Copa 2014.
Há seis meses, dois militares e um empresário espancaram um estudante universitário nigeriano de 27 anos até a morte. Os três respondem ação judicial na 3ª Vara Criminal da capital por lesão corporal seguida de morte.
Enviada por José Carlos.
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