Os ciganos e os nómadas sofrem um “racismo flagrante” na Europa, lamentou esta segunda-feira o comissário para os direitos humanos do Conselho da Europa, Thomas Hammarberg, que propõe num relatório medidas para alterar a situação.
“Em muitos países europeus, os ciganos e os nómadas continuam privados de direitos básicos e sofrem um racismo flagrante”, considerou Hammarberg no relatório, que apresentou hoje em Bruxelas.
O comissário indicou que ciganos e nómadas são “claramente discriminados em relação a outros grupos em matéria de educação, emprego, acesso a um alojamento decente e saúde”, constatando existir na população cigana uma menor esperança de vida e uma maior taxa de mortalidade infantil.
Thomas Hammarberg lamentou ainda o comportamento de certos dirigentes, comunicação social e grupos extremistas activos na Internet, que têm um discurso de ódio em relação aos ciganos.
A comunidade cigana inclui entre 10 a 12 milhões de indivíduos nos 47 Estados-membros do Conselho da Europa.
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