Seminário aponta educação agroecológica como ferramenta de luta

A atividade busca facilitar a apropriação do conceito da agroecologia entre os educadores, fortalecer o debate e propor novos desafios políticos para as escolas do MST no extremo sul da Bahia

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Da Página do MST

Cerca de 80 educadoras e educadores do MST iniciaram, nesta quinta-feira (15), o 2º Seminário de Educação do Campo e Agroecologia, na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no município de Prado.

O seminário aconteceu até sábado (17), e pretende refletir a importância da agroecologia como ferramenta de fortalecimento da educação do campo e a defesa da classe trabalhadora contra o avanço do capital financeiro internacional.

De acordo com Eliane Oliveira, do coletivo estadual de educação, a atividade busca facilitar a apropriação do conceito da agroecologia entre os educadores, fortalecer o debate e propor novos desafios políticos para as escolas do MST no extremo sul da Bahia.

“Para isso, estudaremos nestes três dias os malefícios do eucalipto transgênico, os fundamentos da agroecologia, as escolas do campo e socializaremos as experiências agroecológicas praticadas pelas escolas do MST”, disse Oliveira.

Educação do Campo

No primeiro dia de atividade, os educadores estudaram a conjuntara e analisaram o avanço do capital internacional na região, através da monocultura do eucalipto e da cana, observando os impactos destes na educação do campo.

Neste contexto, Maria Cristina Vargas, do coletivo nacional de educação do MST, falou sobre a trajetória da educação do campo nas duas últimas décadas e denunciou os planos ocultos do agronegócio contidos nos programas de educação do capital, como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e outros.

“O capital utiliza a educação como mecanismo de controle social e como ferramenta de adestramento dos trabalhadores para mão de obra barata. Além disso, o educador não tem autonomia, é obrigado a dar os conteúdos que o sistema determina”, explicou Cristina.

Já João Dagoberto, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), alertou sobre os riscos do eucalipto transgênico e as consequências de seu cultivo no equilíbrio socioambiental do país.

Ao final do seminário foi proposto que as escolas das áreas de acampamentos e assentamentos se tornem multiplicadoras das práticas agroecológicas e que seja inserido no conteúdo de maneira transversal nos planejamentos escolares.

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