Mulheres Apinajé realizam a 4ªOficina de Intercâmbio e Fortalecimento de Experiências de Beneficiamento do Babaçu

Entre os dias 29 de setembro e 02 de outubro de 2015 foi realizada, na Aldeia Cocal Grande – Terra Indígena Apinajé, a 4ª Oficina de “Intercâmbio e Fortalecimento de Experiências de Beneficiamento do Babaçu”. A oficina, que reuniu cerca de 30 mulheres de 13 aldeias Apinajé, foi desenvolvida pela CTL Tocantinópolis/CR Araguaia-Tocantins econtou com a participação de integrantes do Movimento Interestadual de Quebradeiras de Coco Babaçu – MIQCB e com a parceria da Associação União das Aldeias Apinajé – Pempxà e da Prefeitura Municipal de Tocantinópolis. Além das rodas de conversa e das atividades relacionadas ao beneficiamento do coco babaçu, foram realizadas atividades tradicionais do povo Apinajé, como as corridas de tora e as cantorias.

Esse projeto tem sido desenvolvido desde 2013. Através dele já foram realizadas 4 oficinas, nas aldeias Mariazinha, Areia Branca, Girassol e Cocal Grande e um intercâmbio, em parceria com o MIQCB, com comunidades que desenvolvem atividades relacionadas ao beneficiamento do coco babaçu na região do Bico do Papagaio, no Tocantins.

O babaçu é uma espécie da biodiversidade que tem importância fundamental na manutenção do modo de vida e da cultura Apinajé. Dessa forma, este projeto tem como objetivos principais promover:

  • o resgate de conhecimentos tradicionais sobre os usos e costumes associados ao babaçu;
  • o fortalecimento cultural;
  • a discussão sobre o manejo sustentável dessa espécie e a gestão ambiental na Terra Indígena Apinajé;
  • a geração de renda;
  • a ampliação das fontes de alimentação;
  • a troca de saberes entre gerações;
  • o intercâmbio de experiências com outras iniciativas e organizações comunitárias que trabalham com o beneficiamento do babaçu e;
  • a autonomia indígena, fortalecendo, principalmente, a organização das  mulheres Apinajé.

A oficina foi finalizada com uma roda de conversa envolvendo as participantes, que demandaram a continuidade e fortalecimento das ações realizadas. Nesse sentido, foram elaborados documentos dirigidos à Funai e às Prefeituras cujos municípios incidem sobre a Terra Indígena Apinajé e que, portanto, recebem recursos do ICMS Ecológico. Além da realização das oficinas e dos intercâmbios de experiências, as mulheres reafirmaram o interesse em construir duas casas equipadas para beneficiamento do coco babaçu e manifestaram a necessidade em avançar nas estratégias de geração de renda. A próxima atividade do projeto deverá ocorrer em novembro deste ano, na Aldeia Macaúba.

Texto e fotos: Patrícia Moojen Lemos – CTLTocantinópolis.

Destaque: Mulheres Apinajé em atividades na aldeia Cocal Grande. Foto: Patrícia Moojen Lemos/Funai. Out. 2015.

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