Na Avenida Paulista, camponeses protestam contra agronegócio e uso de agrotóxico

Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

Pequenos agricultores promovem hoje (16), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, ato contra as grandes empresas do ramo de alimentação e contra o uso de agrotóxicos nos alimentos.

Participam representantes de diversos movimentos como da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac), dos Movimentos dos Pequenos Agricultores (MPA), da Via Campesina, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Levante Popular da Juventude e bancários, que estão em greve.

“Esse ato tem o objetivo de fazer a denúncia das grandes empresas transnacionais e nacionais do agronegócio que exploram e mutilam trabalhadores do campo e da cidade”, disse Romário Rosseto, da direção nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Os pequenos agricultores também protestam contra o uso de agrotóxicos. “Para cada cidadão brasileiro, há o consumo de 7,2 litros de veneno e agrotóxico por ano no Brasil. Queremos denunciar uma verdadeira contaminação do povo por meio dos venenos. E o responsável por isso tem nome: são as grandes empresas do agronegócio”, disse Rosseto, acrescentando que outra crítica é aos meios de comunicação por “vazar informações seletivas sobre o que está ocorrendo no país”.

A expectativa dos organizadores é reunir cerca de 4 mil trabalhadores e fazer uma caminhada pela Avenida Paulista, que será fechada no sentido Consolação. Procurada pela Agência Brasil, a Polícia Militar estima em 500 participantes.

O ato de hoje encerra o 1º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores, realizado em São Bernardo do Campo (SP). O evento reuniu pequenos agricultores de 20 estados e diversos países e teve a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.

Edição: Carolina Pimentel

Camponeses protestam, na Avenida Paulista, contra as grandes empresas do agronegócio e o uso de agrotóxicosElaine Patricia Cruz/Agência Brasil

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