Mais 3 PMs são presos por chacina que matou 4 jovens em Carapicuíba

Um sargento e dois soldados estão no presídio militar Romão Gomes por omissão. O suposto mandante do crime já havia sido detido cinco dias após o crime

Por e , Ponte Jornalismo

Dois soldados e um sargento da PM-SP (Polícia Militar de São Paulo) foram presos temporariamente nesta na noite desta quarta-feira (7) sob suspeita de envolvimento na chacina que deixou quatro jovens mortos em frente a uma pizzaria de Carapicuíba, na Grande São Paulo, em 19 de setembro deste ano. Outro militar já havia sido preso cinco dias após o atentado. Os quatro estão no presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital.

O juiz Luiz Alberto Moro Cavalcante, do TJM (Tribunal de Justiça Militar), explicou à reportagem da Ponte Jornalismo que não vai repassar os nomes dos suspeitos porque o caso ainda está sendo investigado e que, por isso, poderia cometer alguma injustiça se fornecesse o nome de um acusado que pode ser inocente. As prisões são temporárias, de 30 dias, e que podem ser prorrogadas por mais 30.

“O primeiro PM está preso por um mandato da Justiça comum. Ontem (dia 7), eu mandei prender temporariamente os três policial. É importante que a população entenda o por quê de eles terem sido presos: os três – dois soldados e um sargento – são acusados de omissão. Supostamente, sabiam o que aconteceu, mas não fizeram nada. A investigação vai apontar o que houve de fato”.

Matheus Morais dos Santos, de 16 anos, seu irmão, Douglas Bastos Vieira, também de 16, e seus vizinhos Carlos Eduardo Montilia de Souza, 18, e José Carlos Costa do Nascimento (conhecido como Cleiton), 17, foram executados rua Rodamis Creti, altura do número 185. Os jovens eram entregadores de pizza e foram mortos na porta do trabalho. Uma outra pessoa foi baleada, mas conseguiu fugir do atentado correndo.

O policial militar Douglas Gomes Medeiros, do 20º BPM (Batalhão da Polícia Militar), com sede em Barueri, na Grande São Paulo, foi preso no dia 24 de setembro sob suspeita de ser o mandante da chacina. O suspeito agiu, de acordo com a investigação, para se vingar de um roubo que ele acreditava ter sido praticado pelas vítimas contra sua mulher.

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