Representantes de Varginha (MG) buscam apoio para contar história do primeiro padre negro do Brasil

Objetivo é tornar história do padre Francisco Victor conhecida para todos os brasileiros

SEPPIR

O presidente da Câmara de Vereadores de Varginha, Rômulo Ribeiro, e o cineasta Marcelo Nascimento estiveram hoje na Seppir, em busca de cooperação para resgatar a memória do primeiro padre negro do Brasil, Francisco de Paula Victor, nascido no sul de Minas Gerais em 1827.

A diretora de programas da Seppir, Larissa Borges recebeu os representantes e lembrou que além da Seppir outros órgãos governamentais podem atuar na preservação da memória deste ícone negro.

“Nós temos o Edital do Sinapir que é bem amplo e abrange esse tipo de iniciativa, mas temos, por exemplo, diversas iniciativas no Ministério da Cultura e na Fundação Cultural Palmares que incentivam esse tipo de projeto”.

Larissa disse que a Seppir pode auxiliar o grupo a formatar a proposta, além de encaminhar a demanda no âmbito do Governo Federal.

Marcelo diz que estuda a trajetória do Padre desde pequeno, e há indícios de que ele foi o pioneiro na América. “Já temos certeza que ele foi o primeiro da América do Sul e não há nenhum padre negro nos Estados Unidos e no Canadá antes do Padre Francisco (1852), só falta verificar alguns países da América Central para termos certeza de que foi o primeiro negro na América”.

O objetivo, segundo Rômulo Ribeiro, é fazer com que todos os brasileiros conheçam a história do Padre, visto pelos moradores do sul de Minas Gerais como um benfeitor social e milagroso. Recentemente o Papa Francisco reconheceu o trabalho e os milagres atribuídos ao padre brasileiro e em novembro será feita uma cerimônia em Varginha para a beatificação de Francisco Victor.

“Resgatar a história de Francisco é dar uma aula de história para todos os brasileiros. É uma liderança do movimento negro, uma pessoa que praticou o bem por onde passou e precisamos preservar o legado cultural que ele representa”, disse o parlamentar.

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