O Congresso Nacional tem dono. E, definitivamente, não é o povo, por Leonardo Sakamoto

Leonardo Sakamoto

A polícia legislativa usou gás de pimenta em estudantes que protestavam contra o projeto que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, nesta quarta (10),  em uma comissão especial criada para analisar o tema na Câmara dos Deputados. A sessão foi retomada em outra sala e com as portas fechadas.

Sabe de uma coisa? Acho gás de pimenta muito pouco. Tinha que pegar esses vagabundos e arrastá-los pelos cabelos através dos corredores do Congresso. Daí, no subsolo do prédio, com eles despidos, e depois de moer meia hora de porrada em cada um, enfiar uns capuzes e simular afogamento com baldes d’água fria na cabeça. Então, meia hora de descanso no pau-de-arara para afrouxar a alma, com umas borrachadas no ânus e na vagina para não deixar dormir. Daí, mais uns 15 minutos de eletrochoques nos órgãos genitais. E se ainda estiverem conscientes, arrancar umas quatro ou cinco unhas com um bom alicate, termina o serviço.

Isso funcionou durante a ditadura para manter os subversivos na linha.

Isso funciona na periferia das grandes cidades hoje para manter os pobres sob controle.

Por que não adotar no Congresso Nacional?

Assim a gentalha aprende que aquilo não é Casa da Mãe Joana, aquilo tem dono. E, definitivamente, não é o povo.

(E um Deus, que é macho e branco, imagem e semelhança dos “homens de bem”.)

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