Saúde Indígena: Aldeia Panambizinho, Dourados, MS, espera há quatro anos que recursos sejam usados em Posto de Saúde

No dia 13 de outubro de 2011, o Jornal Nacional divulgava reportagem feita em Dourados, Mato Grosso do Sul, com o subtítulo “Equipe foi até Dourados investigar onde foi parar o dinheiro enviado pelo Governo Federal para os postos de saúde da reserva indígena”. O texto e o vídeo feitos então podem ser acessados AQUI. O depoimento e as fotos abaixo, cuja autoria foram omitidas, são de hoje e mostram, além do total desrespeito aos Guarani e Kaiowá, igual descaso com o dinheiro público. Vergonha! (Tania Pacheco)

***

“Quatro anos se passaram desde que esteve em Dourados/MS, mais precisamente nas aldeias Jaguapiru e Bororo, a Equipe do JN, para averiguar o descaso com relação à saúde indígena, principalmente quanto à aplicação de recursos federais que estavam parados nas contas da Prefeitura Municipal, enquanto a equipe de saúde indígena atendia os pacientes em ambientes improvisados e inadequados, sem as mínimas condições sanitárias, oferecendo riscos aos profissionais de saúde e aos usuários.

Dos valores parados, que na ocasião totalizavam R$1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais), cuja aplicação em obras havia sido pactuada entre a gestão municipal, SESAI e lideranças indígenas, parte ainda não saiu do papel e/ou não foi concluída, se arrastando até hoje essa novela.

Dentre as ações previstas estão reformas e ampliação de 05 Unidades de Saúde. Dessas, três foram efetuadas (diga-se de passagem, obras e materiais de péssima qualidade) e duas se encontram paralisadas, abandonadas, sem a conclusão dos serviços. Isto acarreta uma série de transtornos aos profissionais de saúde e à comunidade indígena. Toral descaso!!!

Em situação pior se encontra a comunidade da aldeia Panambizinho, onde só há 01 Posto de Saúde, o qual teve as obras iniciadas e paralisadas faz mais de dois anos. Os materiais, equipamentos e prontuários estão amontoados em meios a poeira, sujeira, materiais da obra e entulhos da reforma. Enquanto isso, os pacientes de toda a aldeia continuam sem um local adequado para receber atendimento das equipes de saúde. A situação é inaceitável!
Perguntamos: Quem é o responsável por este descaso???
***
Sala do dentista com o material e cadeira estragando
Sala do dentista com o material e cadeira estragando
Balanças de adulto e bebê, foco ginecológico e inalador jogados e se perdendo com a reforma que não acaba nunca
Balanças de adulto e bebê, foco ginecológico e inalador jogados e se perdendo com a reforma que não acaba nunca
Mesa ginecológica se deteriorando junto com o resto do material do posto
Mesa ginecológica se deteriorando junto com o resto do material do posto
Banheiros inacabados
Banheiros inacabados
Sala onde a enfermeira atende
Sala onde a enfermeira atende
Sala de atendimento médico
Sala de atendimento médico
Todo o material jogado em uma sala por conta da obra de 2 anos
Todo o material jogado em uma sala por conta da obra de 2 anos
Visão da cadeira de dentista e no chão mais material de dentista jogado
Visão da cadeira de dentista e no chão mais material de dentista jogado
Portas jogadas mas com a plaquinha saúde indígena
Portas jogadas mas com a plaquinha saúde indígena
posto de saude 10
Sem necessidade de legenda
Foto em Destaque: Compressor do dentista e sanitários jogados com portas e janelas. Não há portas e janelas no posto

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.