Tomie Ohtake

Construída ao longo dos últimos 50 anos pelo estilo ímpar de enfrentar a obra e a vida, a carreira de Tomie Ohtake foi pontuada de desafios, ou do “eterno reinventar”, como mencionou o crítico de arte e curador Paulo Herkenhoff, um dos entrevistados do programa. Os depoimentos sobre a artista se estendem ao filho e arquiteto Ruy Ohtake e ao curador do Instituto Tomie Ohtake, Paulo Myada, que comentam as características da obra e as várias etapas de produção dessa artista nipo-brasileira que modificou a paisagem urbana de São Paulo.

Tomie nasceu em 1913, em Kioto, no Japão, e fixou residência no Brasil em 1936, em São Paulo. Iniciou seu trabalho com pintura no final da década de 50.

Ficha Técnica

Direção: André Amaro
Imagens: Flavio Estevam e André Amaro
Produção Executiva: Mônica Montenegro
Edição: Felipe da Cunha
Trilha Sonora: Eurípedes Martins
Realização: TV Câmara

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tomie ohtake e quadro

Tomie Ohtake morre em São Paulo aos 101 anos

13 de fevereiro de 2015

Agência FAPESP – A artista plástica Tomie Ohtake, de 101 anos, morreu nesta quinta-feira (12/02) em São Paulo. Ela estava internada havia dias no Hospital Sírio Libanês para tratar de uma pneumonia.

Nascida em 1913 em Kyoto, no Japão, Ohtake veio ao Brasil com 23 anos para visitar um irmão e se radicou em São Paulo, tornando-se ao longo dos anos “a grande dama” das artes plásticas brasileiras.

Sua obra, reconhecida internacionalmente como uma das mais representativas do abstracionismo contemporâneo, é formada por pinturas, gravuras e esculturas.

Ohtake foi homenageada pela FAPESP em 2013, ano de seu centenário, quando o relatório anual da Fundação (o Relatório de Atividades 2012) foi ilustrado com 27 reproduções de suas obras.

A FAPESP também organizou uma exposição, em sua sede em São Paulo, com as reproduções escolhidas para ilustrar a publicação. A cerimônia de inauguração contou com a presença do filho da artista Ricardo Ohtake, diretor do Instituto Tomie Ohtake.

Na ocasião, ele contou que, a um mês de completar cem anos, a artista permanecia extremamente ativa e havia completado uma escultura de 12 metros de altura e 20 toneladas de aço, que havia sido encomendada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá em homenagem aos trabalhadores.

O filho da artista lembrou que Tomie começou a se dedicar à carreira artística em uma idade mais avançada que a média, em torno de 40 anos, mas teve uma evolução muito rápida. Com pouco mais de 45 anos, já expunha individualmente no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

“A partir de 1968 começou a trabalhar com gravuras, inicialmente serigrafia e litografia e depois gravuras em metal. A partir da década de 1980 passou a trabalhar com esculturas. Realizou uma grande série de esculturas e mais de 60 obras públicas, de tamanho grande e que ficam em espaços abertos da cidade, como as ondas que estão na Avenida 23 de maio [conhecido como Monumento à Imigração Japonesa]”, lembrou o diretor do Instituto Tomie Ohtake, durante o evento.

Além de Ricardo, ela deixa o filho Ruy Ohtake, arquiteto e designer.

Fotos capturadas do vídeo por Combate.

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