Por Comissão Pastoral da Terra – Diocese de Juazeiro
As comunidades de fundo de pasto de Pilão Arcado querem fortalecer suas associações. Isso foi o que ficou definido durante o último encontro do ano desses grupos, realizado entre os dias 10 e 11 de dezembro, no Centro de Formação da paróquia de Santo Antônio.
Para os participantes do encontro, as associações de fundo de pasto precisam de processos de formação. Para eles, a nova Lei de regularização fundiária estadual, que estabelece até 2018 o prazo para a autodefinição dos fundos de pasto, pode pressionar as comunidades tradicionais. Assim, quanto mais organizadas estiverem as associações que representam tais comunidades, maior será a luta de enfrentamento as propostas estatais e do capital privado que prejudicam as famílias camponesas de fundo de pasto.
Assim como outros municípios da área de atuação da Diocese de Juazeiro, Pilão Arcado tem sido alvo constante de grandes empresas. Os setores que mais visam suas terras são o minerário e o de produção de energia. Contudo, as áreas cobiçadas têm sido ocupadas por milhares de famílias camponesas que tiram seu sustento dos fundos de pasto, porções de terra de uso comum para criação de caprinos e ovinos, sobretudo.
“O trabalho de formação e capacitação para fortalecer as associações de fundo de pasto também visa o fortalecimento da Unasfp ( União das Associações de Fundo de Pasto) e, assim, enriquecer toda a luta desse povo”, avalia Narcísio Ribeiro, presidente da Unasfp.
Diante do que foi discutido, no próximo ano, em parceria com a paróquia de Pilão Arcado, as associações locais e a CPT, deve ter início uma série de oficinas de formação em associativismo, dentre outros temas.