“Somente em Rede podemos Erradicar o Trabalho Escravo”

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II Seminário de Luta pela Erradicação do Trabalho Escravo “Somente em Rede podemos Erradicar o Trabalho Escravo” aconteceu em Vila Rica (MT) nos dias 06 e 07 de novembro, no auditório da Universidade Estadual do Mato Grosso (UNEMAT)

AXA e CPT

O Seminário contou com a participação de representantes dos municípios pertencentes à região Xingu-Araguaia (entre os rios Xingu e o Araguaia), São José do Xingu, Confresa, Porto Alegre do Norte, Canabrava do Norte e Santa Terezinha.  Participaram, também, educadores, profissionais da saúde e do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), que nestes dois dias de Seminário apresentaram os pontos positivos da Campanha da CPT de Prevenção e Combate ao Trabalho Escravo “De olho aberto para não virar escravo”, em cada local de atuação.

A agente da Comissão Pastoral da Terra no Mato Grosso e coordenadora da Campanha no Araguaia, Cláudia Araújo, lembrou que tem sido feito formação na região, “trabalhamos com os educadores e sindicatos realizando cursos de formação e distribuição de cartilhas, para que a comunidade saiba onde buscar ajuda e possa se mobilizar contra a exploração. Orientamos quanto às denúncias e encaminhamos aos órgãos competentes. Nosso desafio é fazer com que os trabalhadores não tenham medo de denunciar, já que sem a denúncia fica difícil a ação dos órgãos responsáveis”.

Frei Xavier Plassat, coordenador nacional da Campanha da CPT, foi um dos palestrantes. Ele buscou em sua exposição esclarecer e alertar sobre as diversas formas de exploração do trabalhador. Para ele, “é preciso uma atuação integrada e o fortalecimento das ações de todas as instituições parceiras que defendem os direitos humanos, principalmente no âmbito da erradicação do trabalho escravo, pois a denúncia é o primeiro passo para que se possa apurar o caso e resgatar as vítimas”.

Brígida Rocha, representante do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia (CDVDH) ministrou a palestra sobre “Mecanismos e estratégias de assistência aos trabalhadores e trabalhadoras vulneráveis ao aliciamento e exploração pelo trabalho escravo”, onde destacou fundamentalmente qual o papel do CRAS neste percurso para a erradicação do trabalho escravo.

O trabalho do CDVDH é voltado para a defesa da vida e a promoção dos direitos humanos, tendo como principio “a defesa da vida onde for mais ameaçada e os direitos humanos onde fossem mais desrespeitados, com atenção privilegiada aos mais pobres e explorados”.

Reforçando a ideia do II Seminário “Somente em Rede podemos erradicar o trabalho escravo”, estiveram presentes o procurador Bruno Shoairy, da Procuradoria do Trabalho de Água Boa (MT), e Inácio Werner, coordenador do Fórum dos Direitos Humanos de Mato Grosso. Para erradicar o trabalho escravo é necessário que a sociedade civil, entidades não governamentais e governamentais estejam engajados na luta de prevenção e combate à exploração dos trabalhadores e trabalhadoras em todo país.

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