Aberto inquérito para investigar caso de Marinalva Manoel, indígena encontrada morta em MS

MarinalvaDelegado descarta relação do crime com participação da vítima em protesto. Há indícios de que namorado da liderança tenha a assassinado.

Do G1 MS

A Polícia Civil abriu oficialmente nesta quinta-feira (6) inquérito para investigar a morte da indígena Marinalva Manoel, 27 anos, liderança guarany-kaiwá da terra indígena Nu Porã. O corpo foi encontrado com diversas facadas no sábado (1º), na BR-163 em Dourados, a 214 km de Campo Grande.

O delegado responsável pelo caso, Edmar Batistela, disse ao G1 que foi informado sobre a participação da vítima em um protesto no Supremo tribunal Federal (STF) em Brasília há cerca de 15 dias, mas descarta que a morte tenha relação com isso.

O delegado disse ainda que não acredita na relação do caso com disputa por terras. “Esse é o motivo menos provável”, disse. Batistela explica que as circunstâncias em que o corpo estava não condizem com esse motivo. “A vítima estava despida e com muitos golpes de faca, tinha uma garrafa de pinga na beira da estrada”.

Segundo ele, há a informação de que o crime foi cometido pelo namorado da indígena. O delegado disse que vai continuar ouvindo testemunhas e indígenas e que aguarda os laudos feitos no local do crime e do Instituto de Mecicina e Odontologia Legal (Imol) para anexar ao caso, que foi registrado como homicídio doloso.

Crime
O corpo de Marinalva foi encontrado em barranco de aproximadamente quatro metros, às margens da rodovia. Pessoas que passavam pelo local viram o cadáver e acionaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A mulher apresentava perfurações na região do tórax, pescoço, rosto e na mão esquerda, que segundo a polícia, indicam que ela tentou se defender. Nenhum suspeito foi identificado e a polícia investiga as circunstâncias do crime.

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