Por Telma Monteiro
Pasme. A Sabesp e o governo Alkimin definiram uma estratégia para resolver o problema de falta de água na Região Metropolitana de São Paulo.
A Sabesp assinou um contrato de concessão, para a construção do Sistema Produtor São Lourenço, com a Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pela Construtora Camargo Correa e Construtora Andrade Gutierrrez, no valor de R$ 6.045.746.601,52 (seis bilhões, quarenta e cinco milhões, setecentos e quarenta e seis mil e seiscentos e um reais e cinquenta e dois centavos).
O objeto do contrato é proceder a retirada, transposição e tratamento de água da Cachoeira do França, em Juquitiba. A vigência da concessão é de 25 anos, em que a Sabesp se obriga a pagar o valor mensal de R$24.378.010,49 (vinte e quatro milhões, trezentos e setenta e oito mil, dez reais e quarenta enove centavos) durante 248 meses.
O contrato bilionário para construção do empreendimento Sistema Produtor São Lourenço prevê a reversão de 4,7 m³/s do reservatório da Cachoeira do França que está na situação retratada nas imagens postadas por Marcio Fernandes Soares, no Facebook. Pior situação do que a do Sistema Cantareira. Quem opera esse reservatório é a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) para gerar energia elétrica para sua indústria de alumínio. Portanto, a CBA pode usar a seu bel prazer a água da Cachoeira do França para acionar as máquinas de sua hidrelétrica, mesmo que signifique deplecionar o reservatório.
Pergunto de onde vai sair a água para o bilionário Sistema São Lourenço, já que a “fonte” está secando e somente com as mesmas chuvas necessárias para abastecer o Cantareira a Cachoeira do França se recuperará?