Argentina condena militares e civis à prisão perpétua por crimes na ditadura

Divulgação/Abuelas de la Plaza de Mayo
Divulgação/Abuelas de la Plaza de Mayo

No total, 15 pessoas foram condenadas; os crimes ocorreram em um centro de detenção ilegal, o La Cacha, onde houve prisioneiros torturados e o assassinato de 135 pessoas

Da Redação Brasil de Fato

A Argentina condenou à prisão perpétua 15 militares da reserva e civis por violações dos direitos humanos cometidas em um centro clandestino de detenção na última ditadura argentina (1976-1983). Entre os condenados, está o ex-chefe da polícia da província de Buenos Aires, Miguel Etchecoltz, que já havia recebido a mesma sentença em outro julgamento.

Os crimes ocorreram em um centro de detenção ilegal, o La Cacha, onde houve prisioneiros torturados e o assassinato de 135 pessoas.

Uma das vítimas foi Laura Carlotto, a filha de Estela de Carlotto, líder das Avós da Praça de Maio. A ativista estava presente no momento da sentença, junto a um grande público que aplaudiu a decisão.

Além dos militares da reserva, há membros do Serviço Penitenciário e civis, como o ex-funcionário do regime Jaime Smart. O tribunal sentenciou ainda um marine e outros três civis a penas entre 12 e 13 anos de prisão. Eles também receberão baixa das Forças Armadas.

Desde que a Argentina anulou as leis de anistia para a ditadura, há dez anos, 547 militares e ex-policiais foram condenados pela Justiça.

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