Na luta por soberania alimentar camponeses se mobilizam no Espírito Santo

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Camponeses de diversas partes do ES se reuniram durante esta última semana, em vários municípios capixabas para debater sobre a importância do alimento saudável, reforma agrária e  soberania alimentar, envolvendo cerca de 2 mil pessoas durante a jornada nacional de Lutas pro Soberania Alimentar.

Debates, seminários e marchas foram realizadas em Vitória, São Gabriel da Palha, Pancas, Vila Valério e em São Mateus. Em cada ato foi desenvolvido um tema que esteve relacionado com a conjuntura local.

Hugo Rocha  militante do MPA que  contribuiu com os debates sobre a Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e Pela Vida em Pancas comenta que: “O tema dos agrotóxicos é sempre muito polêmico, tanto no campo econômico, porque a propaganda é de uma saída fácil, uma válvula de escape para diminuir os custos com a mão de obra, quanto no campo da saúde pelos riscos que trás aos que utilizam e aos que consomem alimentos produzidos com agrotóxicos. A verdade incontestável é que os agrotóxicos representam uma ameaça à nossa soberania alimentar e uma ameaça à soberania dos povos do Campo”.

Em Vitória, capital do estado, o ato abordou elementos da Segurança alimentar. “Temos muitas pessoas que vivem em situação de insegurança alimentar e uma minoria rica que se alimenta de forma insustentável, isso é nefasto para o planeta” afirma Leomar Lírio. Leomar ainda comenta que é uma falácia afirmar que o mercado agroalimentar está em crise, quando na realidade, esta situação complexa e negativa é forjada unicamente com a finalidade de gerar lucro às grandes corporações.

Em São Gabriel da Palha e em Vila Valério foi abordado principalmente a soberania alimentar e as relações com as políticas e projetos de governo para a compra de alimentos da agricultura camponesa, que representam grande avanço na redução da desigualdade social.

Já em São Mateus, o ato organizado pela Via Campesina teve um caráter de denúncia contra os projetos do capital na região, dentre eles a expansão do eucalipto, que provoca grandes estragos no solo, consome elevadas quantias de água e que acabam por consequência a expulsar as famílias camponesas da região.

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