RJ – Reconstituição mostra como corpos eram incinerados na Usina Cambaíba

Reconstituição mostra como corpos eram incinerados. Foto: Letícia Bucker, G1
Reconstituição mostra como corpos eram incinerados. Foto: Letícia Bucker, G1

Crime aconteceu em Campos durante o período da Ditadura Militar. MPF retomou as investigações sobre o caso

Por Letícia Bucker e Rafaela Lobo, no G1 Norte Fluminense

O Ministério Público Federal (MPF) começou na tarde desta terça-feira (19)  a reconstituição do caso sobre a incineração de corpos durante a Ditadura Militar na Usina de Açúcar Cambaíba, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal e a presença do ex-delegado da Polícia Civil do Espírito Santo e ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), Cláudio Guerra, que prestou depoimento mais cedo no município.

Segundo o MPF, o outro a ser ouvido foi um ex-funcionário da usina, identificado como Erval Gomes da Silva, que disse à polícia  não conhecer Cláudio Guerra. De acordo com o Procurador da República em Campos, Eduardo Oliveira, entre os depoimentos houve muitas contradições que precisam ser melhor apuradas.

“Hoje não aconteceu a acareação, ou seja, os declarantes não foram colocados frente à frente. Nós ouvimos o ex-delegado Cláudio Guerra e o ex-funcionário Erval Gomes da Silva. Foram tantos pontos controvertidos, que a gente vai aguardar o momento mais propício e juntar mais informações. Entre os depoimentos de Cláudio Guerra e Erval Gomes houve muitas contradições, já que Erval nega que tenha participado de qualquer tipo de atividade de queima de corpos na Usina Cambaiba e já Cláudio Guerra diz o contrário”.

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