SP: Ciclo 40 anos do martírio de Frei Tito

40 anos do martírio de Frei Tito

Da Redação – Caros Amigos

Neste agosto faz 40 anos que frei Tito de Alencar Lima morreu, ao suicidar-se no exílio na França, devido às torturas sofridas na ditadura militar no Brasil. Tito tinha apenas 28 anos e fazia parte de um grupo de frades dominicanos que lutava contra a ditadura.

Em sua memória, o Coletivo Frei Tito Vivo organiza neste sábado (9) o ciclo de seminários “40 anos do martírio de Frei Tito”. O ciclo, na manhã e tarde do sábado, será precedido por uma celebração eucarística na noite de sexta-feira (8), na Igreja de São Domingos, de onde Frei Tito foi retirado pelo delegado Fleury, em novembro de 1969, para ser torturado nos porões do Deops. Frei Betto, seu amigo e companheiro de luta, afirmou na divulgação do evento: “Comemorar (no sentido de fazer memória) frei Tito é combater o memoricídio, esse empenho das forças conservadoras para impedir que os jovens conheçam a história recente do Brasil. É estarrecedor constatar que, ainda hoje, nossas Forças Armadas, em resposta cínica e mentirosa à Comissão Nacional da Verdade, declarem que nenhuma instalação militar foi utilizada no período da ditadura para violar direitos humanos…”.

Confira abaixo a programação do evento:

Sexta, 8 de agosto

Celebração pela Vida e Ressurreição de Frei Tito de Alencar Lima:

19h00 – com Dom Angélico Sândalo Bernardino, Frei Betto, Frei João Xerri, familiares e amigos de Frei Tito.

Local: Igreja de São Domingos
Rua Caiubi, 164, Perdizes, São Paulo, SP
 

Sábado, 9 de agosto

Frei Tito e a Revolução Brasileira – Reflexões a partir dos escritos de Tito sobre Resistência à Ditadura, Educação Popular e Socialismo:

9h30 – Abertura: recordar Frei Tito hoje
Alfredo Bosi, professor titular de Literatura Brasileira na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, membro da Academia Brasileira de Letras desde 2003

10h00 – Sentido histórico da Ditadura Civil-Militar no Brasil e o papel da Igreja na Resistência Armada
João Pedro Stédile, economista, membro da Direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina
José Oscar Beozzo, padre e teólogo, com mestrado em Sociologia da Religião, pela Université Catholique de Louvain (Bélgica) e doutorado em História Social, pela USP, é coordenador geral do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEP). Faz parte do Centro de Estudos de História da Igreja na América Latina (CEHILA-Brasil), filiado à Comissão de Estudos de História da Igreja na América Latina e no Caribe (CEHILA). É sócio fundador da Agência de Informação Frei Tito para a América Latina (ADITAL) e autor de inúmeros livros, entre os quais “A Igreja do Brasil” (1993)

12h00 – Almoço

13h00 – Educação Popular como Caminho para a Libertação
– Mariana Pasqual Marques, Mestre em Sociologia da Educação pela PUC/SP. Atuou como educadora e coordenadora no Centro de Direitos Humanos e Educação Popular do Campo Limpo (CDHEP), na Rede de Educação Cidadã e como gestora pública no cargo de Secretaria Adjunta do educador Pedro Pontual na Secretaria de Participação Cidadã do município de Embu das Artes
– Ivo Lesbaupin, professor da UFRJ, é mestre em Sociologia pelo IUPERJ e doutor em Sociologia pela Université de Toulouse-Le-Mirail (França). É coordenador da ONG Iser Assessoria, do Rio de Janeiro, e membro da direção da Abong. É autor e organizador de diversos livros, entre os quais “Uma análise do Governo Lula (2003-2010): de como servir aos ricos sem deixar de atender aos pobres” (2010)

15h00 – Socialismo e Lutas Contemporâneas
– Levante Popular da Juventude, organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação da sociedade
– Frei Betto, frade dominicano e escritor, autor de mais de 50 livros editados no Brasil e no exterior, estudou Jornalismo, Antropologia, Filosofia e Teologia. Com seu livro de memórias Batismo de Sangue (Rocco), recebeu o Prêmio Jabuti em 1982. Também foi condecorado com o Prêmio de Direitos Humanos da Fundação Bruno Kreisky (1987), em Viena, e com a Medalha Chico Mendes de Resistência (1988), concedida pelo Grupo Tortura Nunca Mais por sua luta em prol dos direitos humanos.

17h00 – Mística de encerramento

Local: Auditório Frei Tito de Alencar Lima do Colégio Rainha da Paz
Rua D. Elisa de Moraes Mendes, 39, Alto de Pinheiros, São Paulo, SP

Para mais informações: www.freititovive.wordpress.com

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.