Situação dos jovens e adolescentes índios da Amazônia Legal será debatida na CDH

Foto: Cimi
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O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou em junho do ano passado que a violência contra as comunidades indígenas cresceu 237% entre 2011 e 2012. Entre os casos, estão ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporal e violência sexual.

A Comissão Pastoral da Terra, por sua vez, informou em abril deste ano que ao mesmo tempo em que caem os assassinatos no campo, aumenta a violência contra os índios. Segundo a CPT, dos 1.266 conflitos catalogados em 2013, 205 (16,2%) estavam relacionados a povos indígenas. Em 2012, esse percentual ficou em 12,6%.

A violência contra os adolescentes e jovens índios que vivem nos estados da Amazônia Legal é um dos temas a ser discutidos na audiência pública que a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) promove nesta terça-feira (03), às 14h.

Foram convidados para o debate o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância no Brasil – Unicef, Gary Stahl e Alana Keline Manchineri, que integra a Comissão Nacional de Juventude Indígena – CNJI. Ainda durante a audiência pública haverá a apresentação de fotos do Projeto Jovens Comunicadores Indígenas.

O Unicef aponta a importância de ações governamentais ou da sociedade em benefício dos jovens indígenas. De acordo com a representante adjunta do Programa Cidadania dos Adolescentes do Unicef no Brasil, Antonella Scolamiero, trata-se de grupo com alta taxa de suicídio, por causa do preconceito a que são submetidos e pela falta de oportunidades.

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