Lideranças indígenas protestam no Ministério da Justiça (DF) e pedem audiência sobre a demarcação de terras

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CIMI – Na manhã desta quinta-feira (29), as lideranças indígenas que se reúnem em Brasília (DF) em defesa de seus direitos territoriais protestam em frente ao Ministério da Justiça. O grupo de mais de 500 pessoas ocupa as três faixas do eixo monumental e, perto das 8h, cercou o prédio do Ministério da Justiça.

Parte da Mobilização Nacional Indígena, o ato pede uma audiência pública com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo sobre a demarcação de terras indígenas.

A principal reivindicação é que o Ministro dê prosseguimento aos procedimentos de demarcação paralisados em todo o Brasil, assinando as portarias que declaram a posse permanente dos grupos sobre áreas já identificadas pela Funai. “Hoje a gente está aqui no Ministério da Justiça cobrando a imediata publicação das portarias declaratórias de terras indígenas que estão engavetadas aqui e também para repudiar a Minuta de Portaria que muda os procedimentos de demarcação de terras indígenas no Brasil”, explica Lindomar Terena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).

A Mobilização também se posiciona contra as mesas de diálogo entre indígenas e agricultores que têm sido propostas pelo Ministério. Para as lideranças, as mesas de diálogo são um mecanismo de “ajustar” direitos constitucionais com os interesses do agronegócio. Na avaliação das lideranças, em contextos de conflito como o de Mato Grosso do Sul, as mesas de diálogo não têm tido êxito em acelerar os procedimentos demarcatórios: “Na verdade, é uma mesa de enrolação”, afirma Terena.

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