Argentina abre ao público documentos secretos da ditadura militar

videla-argentina-reproduçãoEntre os documentos estão cerca de 280 atas secretas de reuniões das cúpulas que integravam as juntas militares, além de listas negras com nomes de intelectuais e artistas como Julio Cortázar, Mercedes Sosa e Agustín Rossi

Da Redação – Brasil de Fato*

Desde anteontem (20), a Argentina abriu ao público os arquivos secretos da ditadura militar no país (1976-1983). Os novos documentos foram encontrados, em novembro do ano passado, no subsolo do Edifício Condor, em Buenos Aires, que pertence à Força Aérea argentina.

Cerca de 1.500 pastas foram digitalizadas e poderão ser acessados pelo público através de dois postos virtuais de consulta. Nesses locais, aparecerão todos os temas possíveis e a busca poderá ser feita a partir de uma palavra-chave. No prazo de dois meses, está previsto que os catálogos com a documentação estejam disponíveis também na internet.

Entre os documentos estão cerca de 280 atas secretas de reuniões das cúpulas máximas do Exército, Marinha e Força Aérea, que integravam as juntas militares, abrigadas em seis pastas, além de listas negras com nomes de intelectuais e artistas contrários ao regime imposto, como Julio Cortázar, Mercedes Sosa e Agustín Rossi.

Na próxima segunda-feira (24), a Argentina lembrará também o 10º aniversário da criação do Espaço Memória e Direitos Humanos na ex-sede da Escola de Mecânica da Armada (Esma), um dos principais centros clandestinos de detenção durante a ditadura. Outra iniciativa de destaque é a sinalização de vários ex-centros clandestinos de detenção em todo o país.

Com informações da EFE*

Enviada para Combate Racismo Ambiental por José Carlos.

Deixe um comentário

O comentário deve ter seu nome e sobrenome. O e-mail é necessário, mas não será publicado.