Professora da UNEB é a única brasileira a participar de simpósio na França sobre feminismos

Cláudia e Patricia Hill Collins abrem o evento, tratando da participação das mulheres negras na construção de um mundo descolonizado
Cláudia e Patricia Hill Collins abrem o evento, tratando da participação das mulheres negras na construção de um mundo descolonizado

Claudia Cardoso tratará da teoria e práxis da interseccionalidade no movimento de mulheres negras brasileiras em evento que reúne mulheres de vários países, como Canadá, Índia, Moscou

SEPPIR – No mês em que o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher Cláudia Pons Cardoso, doutora e professora da UNEB, do Departamento de Ciências Humanas, Campus V, pesquisadora do NUGSEX Diadorim, participa, de 28 a 31 de março, na Université Paris Diderot (França), do Simpósito Internacional Interseccionalidade e Colonialismo, organizado pelo CEDREF (Centro de documentação e pesquisa de estudos feministas). Ela e Patricia Hill Collins (uma das intelectuais negras norte-americanas mais influentes do pensamento feminista negro), abrem o evento, tratando da participação das mulheres negras na construção de um mundo descolonizado.

Claudia será a única representante brasileira neste simpósio, que reúne mulheres de vários países, como Canadá, Índia, Moscou. A exposição de Cláudia faz parte de sua tese de doutorado, defendida em 2012, no Neim\UFBA intitulada “Outras falas: feminismos na perspectiva de mulheres negras brasileiras’’. Ela  tratará da teoria e práxis da interseccionalidade no movimento de mulheres negras brasileiras.

A proposta de interseccionalidade  entende que as mulheres negras, de forma singular, reúnem uma série de fatores de exclusão, como sociais, raciais, econômicos etc, que as colocam em um lugar social diferenciado de outros grupos de mulheres não negras.

Na verdade, a proposta é uma tentativa de levar em conta, nas discussões sobre a participação das mulheres nas sociedades, a complexidade e multiplicidade de posições sociais e identidades das mulheres negras. Essa ideia, foi proposta em 1989 pela norte- americana Kimberlé Crenshaw.

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