PMs que prestaram depoimento no caso Amarildo dizem ter ouvido gritos de tortura

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil

Os três soldados da Polícia Militar, que prestaram depoimento ontem (12), na audiência de instrução do caso de desaparecimento do auxiliar de pedreiro Amarildo da Silva, no dia 14 de julho do ano passado, disseram ter recebido ordens para ficar no contêiner de apoio da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha e ouviram gritos e murmúrios por cerca de 40 minutos, originados do contêiner principal.

A audiência durou em torno de sete horas, durante as quais a juíza Daniella Alvarez, da 35ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ouviu os depoimentos das três testemunhas de acusação e dispensou outras três.

O primeiro a depor foi o soldado Alan Jardim, que falou por três horas e 45 minutos. A soldado Dezia Juliana da Costa prestou depoimento por duas horas e a última a ser ouvida, a soldado Carolina Martins, depôs por uma hora e 40 minutos.

Das 20 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público, a juíza dispensou hoje a policial civil Alik Rachel Amorim, o major PM Fábio Alexandre e a inspetora da Polícia Civil Alessandra Vale. A imprensa não foi autorizada a acompanhar a sessão, e as informações foram repassadas pela assessoria do tribunal. A juíza ainda não marcou a data da próxima audiência.

Na primeira audiência, no dia 20 de fevereiro, foram ouvidos o delegado Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios, a delegada Ellen Souto e o inspetor de polícia Rafael Rangel.

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