Ação de combate ao garimpo ilegal tem apoio das Polícias Federal e Militar. Korekorema está sendo realizada há um mês na Terra Indígena Yanomami.
A operação ‘Korekorema’ realizada há um mês na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, resultou em mais balsas e pista clandestinas desativadas, e garimpeiros retirados. Esta é uma ação conjunta entre a Fundação Nacional do Índio (Funai) e as Polícias Federal e Militar. A denominação ‘Korekorema’ significa ‘panela velha’ no idioma Yanomami.
Parte dos materiais apreendidos durante a operação estão na comunidade de Wakais. Entre eles estão, compressores de ar, carotes com combustível e um motor utilizado nas balsas para retirar o minério do fundo do rio. A maioria dos maquinários utilizados na atividade ilegal foram destruídos.
Ao todo, 30 balsas foram desativadas, uma pista destruída e 18 garimpeiros foram retirados da Terra Yanomami, sendo que seis deles se entregaram à polícia.
A Funai montou bases em pontos estratégicos localizados às margens do rio Uraricoera, para evitar que os garimpeiros retornem à área.
“A previsão é que se encontrem mais de 50 garimpeiros no interior da floresta, uma vez que a Operação Korekorema é por prazo indeterminado”, afirmou o coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Yanomami e Ye’kuana (FPEYY) João Catalano.
Vários crimes contra o meio ambiente foram registrados na região por causa da prática ilegal do garimpo.
“Entre os principais crimes estão a poluição dos cursos de água, o desmatamento da vegetação, além da caça, que por estarem nesta área, acabam caçando para se alimentar”, destacou o coordenador de policiamento ambiental, tenente Francisco Ponciano.
De acordo com o coordenador da Terra Yanomami Maurício Yekuana o maior prejuízo está na poluição dos rios. “Os garimpeiros usam e derramam nos rios mercúrio, gasolina e outros produtos químicos. Queremos que os rios Uraricoera, Mucajaí e o Apiaú fiquem limpos”, detalhou.