PE – Mulheres quilombolas de Afrânio investem na formação para lutar contra o preconceito e a violência

Foto: Voz do São Francisco
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Por Angela Santana, Voz do São Francisco

As mulheres negras de Afrânio, em sua maioria trabalhadoras rurais, buscam a formação para enfrentar o preconceito e a violência. De acordo com a Coordenadora da Executiva Nacional do CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) representando o nordeste, Edna Paixão, da Comunidade Quilombolas de Afrânio, destaca para este portal como estão organizadas as mulheres naquela comunidade.

“As mulheres quilombolas de nossa comunidade estão organizadas na forma de cultura, na forma de produção, a grande maioria é plantadora de hortaliças que abastecem o comércio local, e a gente tem feito esse trabalho de identificação, de luta, de fortalecimento e resgate da cidadania das mulheres quilombolas e isso têm dado muito certo, as mulheres estão se empoderando e ocupando os espaços de debates e decisões”, destacou Edna Paixão da Comunidade Quilombola de Afrânio e Coordenadora da Executiva Nacional da CONAQ (Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).

Sobre o racismo, Edna Paixão revela que ele ainda existe e é preciso ser combatido diariamente. Segundo Edna a mulher ainda é muito discriminada e a mulher pobre e negra mais ainda, para ela não há outra saída senão o conhecimento para lutar contra o racismo e a violência. “Eu não vejo outra maneira senão a formação. Vamos estudar, procurar conhecer os instrumentos legais que estão aí, como a Lei Maria da Penha e outros. É crucial a formação, as pessoas precisam estar imbuídas de conhecimento para se defender”, concluiu.

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