Justiça do Amazonas manda prender prefeito de Coari

Adail Pinheiro, prefeito de Coari (AM) (Márcio Silva)
Adail Pinheiro, prefeito de Coari (AM) (Márcio Silva)

Da Agência Brasil 

O desembargador Djalma Martins da Costa, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), determinou  ontem (7) a prisão do prefeito de Coari (AM), Adail Pinheiro (PRP), e de mais cinco pessoas. Pinheiro é acusado de abusar sexualmente de meninas e formação de quadrilha.

O magistrado atendeu a um pedido do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Segundo o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, a prisão preventiva do prefeito e dos outros suspeitos é necessária para “garantir a ordem pública, evitar que novas vítimas sejam molestadas e que testemunhas sejam ameaçadas”.

Ainda segundo o procurador-geral, a denúncia resultou em um documento de 48 páginas, “fruto de um trabalho minucioso” elaborado a partir das investigações iniciadas em julho de 2013.  “Entendemos que o que estamos fazendo é o melhor para a sociedade. Existem elementos concretos para a ação penal e, a partir de agora, cabe ao Tribunal de Justiça dar prosseguimento ao caso”, acrescentou Cruz. 

O prefeito é réu em pelo menos 70 processos que tramitam na Justiça do Amazonas. Apesar da gravidade de algumas das acusações, os processos estão parados à espera de julgamento, suscitando a hipótese dele estar sendo beneficiado por juízes. Em 2006, a Polícia Federal passou a investigá-lo devido a indícios de desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

As denúncias de pedofilia começaram a aparecer no decurso dessas investigações em escutas telefônicas judicialmente autorizadas. As investigações culminaram na chamada Operação Vorax, cujo relatório foi divulgado em 2008. Desse relatório resultou a prisão de Pinheiro, em 2009. Em agosto de 2013, Pinheiro chegou a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, da Câmara dos Deputados.

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